Reabsorção radicular: como realizar o tratamento
Neste post, vamos falar sobre os diferentes tipos de reabsorção radicular e o tratamento indicado para cada situação. Confira!
7 min. de leitura
-19 de março de 2021
Com a participação do Prof. Dr. Charles Pereira (CRO-RS: 9019)
A reabsorção dentária é caracterizada por uma perda de tecido que pode acometer qualquer elemento dental. É um problema que pode ser causado por fatores internos, como uma pulpite, e externos, como um trauma.
Neste conteúdo vamos falar sobre:
- Quais são os tipos de reabsorção radicular?
- Como diferenciar os tipos de reabsorção?
- Reabsorção radicular: tratamento
- Tratamento para reabsorção interna inflamatória
- Tratamento para reabsorção externa apical inflamatória
- Tratamento para reabsorção cervical invasiva
- Tratamento para reabsorção externa inflamatória
- Reabsorção radicular sem tratamento
- Instrumentos e produtos que podem auxiliar no tratamento da reabsorção radicular
- Índice de sucesso no tratamento de reabsorção radicular
- Como os biocerâmicos da Angelus podem ajudar no tratamento da reabsorção radicular?
Confira!
Quais são os tipos de reabsorção radicular?
O professor explica que existem 2 principais tipos:
Reabsorção interna — inflamatória ou substitutiva (ocorre substituição da estrutura dentária por tecido mineralizado);
Reabsorção externa — substitutiva, inflamatória e reabsorção cervical invasiva.
Como diferenciar os tipos de reabsorção radicular?
A diferenciação de cada caso é feita por meio dos exames de imagem, como a radiografia. Porém, muitas vezes, o Endodontista precisa obter mais de um ângulo para determinar o tipo de reabsorção radicular que ocorreu.
Além disso, há o uso da tomografia Cone Beam, exame que proporciona a melhor condição de avaliação para o diagnóstico do problema. Levamos em consideração a questão clínica (se o dente tem uma polpa vital ou uma necrose pulpar) e a sintomatologia para nos auxiliar na questão do diagnóstico, explica o professor Charles.
Reabsorção radicular: tratamento
As opções de tratamento para o problema vão depender muito do diagnóstico. A boa notícia é que a maior parte das reabsorções tem tratamento. O que pode ocorrer com alguns pacientes com reabsorção de raiz extensa é a dificuldade de manutenção do elemento dental. O dentista, nesse caso, até controla o processo de reabsorção, mas não consegue fazer com que aquele elemento dental entre em função.
Há vários tipos de tratamento e a escolha dependerá do diagnóstico, da extensão da reabsorção e do envolvimento dos tecidos adjacentes. A partir disso, o dentista irá optar por uma técnica ou outra, endodôntica, cirúrgica ou a associação das duas.
Tratamento para reabsorção interna inflamatória
– Remoção do tecido pulpar;
– Preenchimento daquele espaço com um material obturador endodôntico (BIO-C® SEALER).
Tratamento para reabsorção interna comunicante
– Terapia endodôntica;
– Selamento da reabsorção.
Já se a área de exposição com o periodonto for muito grande, o endodontista explica que pode tentar selar com um material reparador como o BIO-C® REPAIR, MTA Repair HP ou o próprio MTA Angelus®, sem fazer um acesso cirúrgico.
No caso de a área ser muito grande e não tiver acesso via canal, é recomendado fazer um acesso cirúrgico e selamento do canal e a área de reabsorção no momento do transcirúrgico. Nesse caso, a opção também é um material biocerâmico, como o BIO-C® REPAIR.
Confira abaixo as indicações de uso do BIO-C® REPAIR e demais biocerâmicos da Angelus!
Tratamento para reabsorção externa apical inflamatória
– Descontaminação dos sistemas de canais radiculares;
– Plug apical com BIO-C® REPAIR ou MTA Repair HP.
Tratamento para reabsorção cervical invasiva
– Remoção do tecido de granulação de forma cirúrgica;
– Realização da endodontia se o canal radicular for atingido.
Nesses casos, o especialista prefere usar um material compatível com a situação clínica: se supraósseo, usa um material restaurador, se infraósseo, um cimento reparador biocerâmico, MTA Angelus, MTA Repair HP ou BIO-C® REPAIR.
Tratamento para reabsorção externa inflamatória
Neste caso, o tratamento dependerá do agente causal.
Se for uma contaminação do sistema de canais radiculares: tratamento endodôntico.
Se a causa for um corpo estranho – como um elemento dental impactado ou uma massa tumoral – é necessário remover o fator causal, o que, provavelmente, irá paralisar a reabsorção.
Reabsorção radicular sem tratamento
A reabsorção radicular externa substitutiva, que é muito associada a traumatismo dental, especialmente em situações como a intrusão e a avulsão, é a única reabsorção que não tem tratamento. Inevitavelmente o dente será perdido ao longo do tempo.
Quais instrumentos e produtos podem auxiliar no tratamento da reabsorção radicular?
Segundo o especialista, as técnicas e materiais estão cada vez mais evoluídos, melhorando, assim, os tratamentos. “Com o uso de magnificação, com microscópio e lupas, e a evolução de materiais seladores e reparadores, temos uma condição de tratamento adequado”, comenta.
Qual o índice de sucesso no tratamento de reabsorção radicular?
“Atualmente, esse índice é bem favorável, mas isso irá depender do tempo da reabsorção, se tem contaminação ou não, a extensão da reabsorção e a capacidade de recuperação desse elemento dental. O sucesso está relacionado também ao diagnóstico, técnica e ao material empregado”, explica o professor.
“Se eu selar uma reabsorção e não utilizar o material adequado ou não fizer a descontaminação do campo, tenho uma chance do prognóstico ser desfavorável”, exemplifica Pereira.
Como os biocerâmicos da Angelus podem ajudar no tratamento da reabsorção radicular?
O primeiro biocerâmico da Angelus, o MTA, foi lançado em 2001, ou seja, há 20 anos. “Eu utilizei o material quando ele não tinha nem rótulo: já tinha aprovação dos órgãos legais, da Anvisa, tinha o registro, mas não tinha sido comercializado ainda. Fiz o uso no caso de perfuração (não era reabsorção, mas o princípio é o mesmo), e seis meses depois tive o reparo. Tenho uma história de 20 anos com o MTA”, relembra o especialista.
Para o endodontista, o BIO-C® REPAIR e BIO-C® SEALER é a evolução do MTA Angelus. Ele destaca que as substâncias utilizadas para a realização do cimento biocerâmico, seja endodôntico, seja selador, têm um grau de pureza altíssimo, fazendo com que o cimento tenha uma qualidade ainda melhor.
Destaca, ainda, outros diferenciais do produto:
Os cimentos biocerâmicos são prontos para uso, o que traz uma grande diferença na sua aplicação clínica para quem está todo dia no consultório;
Partícula menor que 2 mícrons, muito menor do que havia até então. Estudos mostram que essa característica oferece um ajuste melhor de selamento, que é importante em uma reabsorção radicular ou perfuração.
“É um cimento que tem na sua origem uma pureza excepcional, assim como todos os cimentos fabricados pela Angelus. Tem assim, uma condição de adesão e acomodação melhor e, consequentemente, de selamento, fazendo com que os casos tenham um prognóstico ainda mais favorável. Também é muito prático de utilizar”, resume Pereira, que confessa ter muito orgulho da Angelus pelos 20 anos de convivência e de acompanhamento dessa empresa extremamente diferenciada.
Conheça mais sobre a nossa linha de biocerâmicos:
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101 comentários
09/11/2022
Dr. Pereira estou com 4 dentes com Reabsorção dentária e preciso de um especialista no assunto aqui no Rio de Janeiro porém estou com dificuldades de encontrar este profissional. Poderia me passar uma indicação de um especialista neste caso no Rio de Janeiro? Muito Obrigada
09/11/2022
Olá Lilian, infelizmente não temos como te ajudar, pois somos da Angelus. Se desejar uma indicação do Dr. Pereira, procure entrar em contato diretamente com ele 🙂