O que é perfuração radicular e como tratá-la

com a participação da Profa. Dra. Vanessa P. Pessotti (CRO-ES: 2.069) Neste artigo completo sobre perfuração radicular você irá entender: O que é perfuração radicular Como evitar a perfuração radicular Quais fatores estão relacionados a um risco de perfuração radicular Como fazer o diagnóstico da perfuração radicular Qual é a classificação das perfurações radiculares Como […]

Angelus

6 min. de leitura

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21 de janeiro de 2022

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Perfuração radicular: como diagnosticar

com a participação da Profa. Dra. Vanessa P. Pessotti (CRO-ES: 2.069)

Neste artigo completo sobre perfuração radicular você irá entender:


O que é perfuração radicular?

Uma perfuração radicular é uma complicação que pode ocorrer durante um tratamento endodôntico. A perfuração radicular acontece quando há uma perfuração ou um orifício acidental feito na raiz do dente, que acaba comunicando o interior do dente com o meio externo. Isso pode ocorrer devido a uma série de razões, como instrumentação inadequada, curvatura acentuada das raízes, reabsorção radicular ou fragilidade da estrutura dentária.


Como evitar a perfuração radicular?

Deve-se observar as particularidades anatômicas dos diferentes grupos dentais.


Quais fatores estão relacionados a um risco de perfuração radicular?

– Morfologia irregular dos canais radiculares;

– Canais calcificados;

– Dilaceração radicular;

– Erro durante o acesso da câmara pulpar;

– Desgaste excessivo das paredes dos canais radiculares;

– Preparo inadequado para colocação de pinos intrarradiculares.


Como fazer o diagnóstico da perfuração radicular?

O primeiro passo do diagnóstico da perfuração radicular é o exame clínico e a observação das perfurações radiculares se possível via microscópio operatório. O diagnóstico da perfuração radicular definitivo, no entanto, depende de exames de imagem, que devem ser escolhidos criteriosamente.

A radiografia periapical possui, na perfuração radicular, uma capacidade limitada, pois pode ocorrer uma sobreposição de estruturas, principalmente se a perfuração acontecer no sentido vestíbulo-lingual.

De acordo com a Drª. Vanessa, o mais indicado é a tomografia computadorizada Cone Beam de alta resolução, que informa com maior precisão a localização das perfurações radiculares.


Qual é a classificação das perfurações radiculares?

As classificações mais utilizadas são:

    • quanto ao tamanho: pequenas ou grandes;
    • quanto à localização: perfurações coronais, perfurações na zona da crista óssea ou perfurações apicais;
    • quanto ao tempo transcorrido após a perfuração: “imediatas” ou “tardias”.


Como determinar o prognóstico de uma perfuração radicular?

Segundo nossa entrevistada, conseguimos metrificar o prognóstico de acordo com algumas características das classificações (Fuss and Trope, 1996; Thesis and Fuss, 2006). Dividimos o prognóstico entre “bom” e “questionável”. Confira as características de cada um a seguir:


Sinais de bom prognóstico para perfurações radiculares
– Perfuração feita sob um meio asséptico e tratada imediatamente ou em curto prazo;

– Perfurações de pequena dimensão;

– Perfurações coronais;

– Perfurações apicais (na maior parte dos casos).


Sinais de prognóstico questionável para perfurações radiculares

– Perfurações na zona da crista óssea;

– Perfurações de grande amplitude.


Como fazer o selamento de perfurações radiculares?

Como é de se esperar, as perfurações imediatas possuem tratamento diferenciado das tardias — visto que conseguem ser diagnosticadas em cenário intraoperatório e necessitam de uma intervenção mais rápida.

Para o selamento de perfurações radiculares imediatas, a Drª. Vanessa recomenda:

– Realizar o selamento em sessão única
– Fazer a desinfecção com Hipoclorito de Sódio a 2,5%;
– Realizar o selamento com um material biocerâmico reparador (MTA ANGELUS, MTA REPAIR HP ou BIO-C® REPAIR)
– E por fim, forramento com ionômero.
obs: Se houver indicação, finalizar com a restauração de resina ou cimentação de pino.


Para o selamento de perfurações radiculares tardias:

Primeira Sessão:

– Realizar o selamento em duas sessões;
– Limpeza e descontaminação da perfuração, remoção do tecido de granulação;
– Irrigação com Hipoclorito de Sódio a 2,5%;
– Terapia fotodinâmica (laser de baixa intensidade);
– Curativo de Hidróxido de Cálcio P.A. por 15 dias.

Segunda Sessão:

– Remoção do curativo de Hidróxido de Cálcio;
– Nova desinfecção;
– Selamento com um material biocerâmico reparador (MTA ANGELUS, MTA REPAIR HP ou BIO-C® REPAIR);
– Forramento com ionômero;
– E, se indicado, a finalização com a restauração de resina ou cimentação de pino.

 

Aprenda todas as indicações dos cimentos MTA ANGELUS, MTA REPAIR HP e BIO-C®REPAIR, além da perfuração radicular.

O papel dos biocerâmicos na perfuração radicular

Os cimentos biocerâmicos aumentam a resistência radicular e são bem tolerados pelos tecidos. Além disso, eles apresentam a capacidade de induzir uma interação com os tecidos e a dentina, estimulando a formação da hidroxiapatita, promovendo assim, a regeneração tecidual, comenta a professora Vanessa.

Caso de sucesso da Profa. Dra. Vanessa P. Pessotti

Posso citar o caso de um dente 35, em que um outro profissional fez o acesso e provocou uma perfuração na face mesial do terço cervical da raiz. A paciente foi encaminhada imediatamente ao meu consultório, e eu realizei o tratamento em uma sessão única.

Nesse caso foi feito a desinfecção com Hipoclorito de Sódio a 2,5%, selamento com MTA Repair HP Angelus e forramento com ionômero. Em seguida, a paciente retornou à outra dentista para continuação do tratamento.

 

Por fim, a professora nos deixa um depoimento pessoal sobre o uso dos biocerâmicos Angelus na perfuração radicular:

 

“Um dos grandes desafios do Endodontista é conseguir vedar completamente uma perfuração. No início da minha carreira, não tínhamos materiais adequados para fazermos esse tipo de tratamento. Mas, graças as pesquisas e investimentos da Empresa Angelus na produção de materiais biocerâmicos (que estão cada vez melhores), hoje me sinto segura em vedar uma perfuração, tanto com o MTA Repair HP, como o BIO-C® Repair.”

Profa. Dra. Vanessa P. Pessotti

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