Como saber se o dente está perdido?

Será que o tratamento com implantes é mais vantajoso no longo prazo do que a manutenção do dente pelo tratamento endodôntico e restauração?

Angelus

3 min. de leitura

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25 de março de 2022

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Endodontia x Implante

Prof. Dr. Douglas G. N. Cortez (CRO: PR 10285)

Há alguns anos, o tratamento endodôntico e a adequada restauração de um dente seriamente comprometido possuía como a única opção à exodontia e reposição do mesmo por meio de próteses parciais fixas, adesivas ou mesmo removíveis. Este contexto, fazia com que esforços, muitas vezes heroicos e com previsibilidade duvidosa, fossem dispensados para que estes dentes não fossem extraídos.

Com o advento da osseointegração, descoberta por BRANEMARK e aplicado aos implantes dentais com previsibilidade de resultados e sucesso desde a década de 1960, mudanças significativas tem acontecido nas estratégias de tratamento de dentes com prognóstico duvidoso. Frequentemente os clínicos se deparam com o dilema da decisão entre manter um dente com prognóstico questionável através do tratamento endodôntico e posterior restauração adequada dele, ou extrair o dente e substituí-lo por um implante.

O que avaliar na hora de escolher exodontia ou endodontia?

Alguns estudos têm procurado determinar se o tratamento com implantes é mais vantajoso no longo prazo do que a manutenção do dente pelo tratamento endodôntico e restauração, se o implante é melhor que o dente ou se o implante é um pilar mais confiável (TORABINEJAD et al. 2007, WHITE et al. 2006, IQBAL; KIM 2008). Estas publicações focaram principalmente dentes com prognóstico comprometido e a possibilidade de substituí-los por um implante.

Todavia, nem sempre a opção é de simples definição e, dependendo da situação clínica, um dos modos de tratamento será superior ao outro e, portanto, deverá ser o escolhido. É certo que esta tomada de decisão deve ser realizada com base na avaliação de critérios periodontais, endodônticos e restauradores.

Do ponto de vista endodôntico, terapias iniciais com polpa viva ou necrosada apresentam um excelente prognóstico, que começa decrescer a partir de fatores complicadores como a presença de lesões periapicais extensas, destruições coronárias relevantes, retratamentos (principalmente aqueles com alteração da anatomia original do canal), canais com anatomias complexas, presença de reabsorções ou traumatismos de diferentes intensidades e problemas iatrogênicos.

O objetivo final do tratamento endodôntico é permitir a restauração direta ou indireta da coroa dental, ou viabilizar o dente como pilar de uma reabilitação. Se o dente não for passível de restauração, o tratamento endodôntico perde o sentido. Desta forma, prognóstico restaurador de um dente tratado endodonticamente, ou que necessita de endodontia, é o que deve mais ser levado em consideração quando da decisão da extração ou não. Dentes com bom prognóstico restaurador devem ser mantidos, caso contrário, a substituição por um implante pode ser a melhor opção.

Atualmente, o desenvolvimento técnico, científico, a introdução de novas tecnologias (sistemas de NiTi, motores, localizadores apicais eletrônicos, ultrassom, microscópio, radiografia digital, tomografia computadorizada) e novos materiais biocerâmicos (MTA, BIO-C Sealer, BIO-C Repair) têm tornado a Endodontia muito previsível e bem-sucedida, mesmo em casos complexos. A indicação para a exodontia acaba ficando restrita para casos com vários fatores desfavoráveis concomitantes, condição periodontal ruim ou quando a permanência do dente não é interessante por razões funcionais ou reabilitadoras.

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