Tratamento endodôntico do elemento dental 41: Relato de caso

Tratamento endodôntico do elemento dental 41: Relato de caso

MTA-Fillapex | Angelus

ANDERSON DE OLIVEIRA PAULO                                                                                          
Doutor em Endodontia pela UNESP de Araraquara

Professor de graduação em Microbiologia do IESB
Professor de graduação em Endodontia da UNICEPLAC
Coordenador de Pós-graduação em Endodontia da FACIT                                                                 

HENRIQUE RUELLA TORRES
Mestre em Endodontia pela UNITAU

Professor de graduação em Endodontia da UNIRG
Professor de Pós-graduação em Endodontia da FACIT

Introdução

O tratamento endodôntico de dentes com lesão periapical crônica exige uma série de cuidados, como a descontaminação e o estímulo ao reparo apical. Dentre as alternativas para o sucesso nesse tipo de caso o uso de pasta iodoformada associada a desinfecção, modelagem e vedamento hermético do canal são passos fundamentais para o êxito nesse tipo de quadro clínico1.

O objetivo deste trabalho foi observar por meio de um caso clínico o tratamento do elemento dental 41 por meio de instrumentação manual com limas tipo k e flexofile, associadas a medicação com pasta de iodofórmio e obturação pela técnica de condensação lateral e vertical com o cimento endodôntico MTA Fillapex1,2,3.

Relato do caso

Paciente do gênero masculino com 29 anos, assintomático compareceu a clínica odontológica da FACIT (Araguaína, Tocantins, Brasil) com indicação  para tratamento endodôntico no dente 41 e histórico de trauma na região. Realizou-se tomada radiográfica no referido dente (Fig. 01), em seguida realizaram-se os testes de palpação e percussão com resposta positiva leve e ao teste frio com gás refrigerante a resposta foi negativa. O diagnóstico clínico provável foi de abscesso periapical crônico.

Figura 01. Radiografia inicial

Na primeira sessão fez-se, após a anestesia e isolamento absoluto,  a cirurgia de acesso a câmara pulpar, penetração desinfetante com abundante irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%. Em seguida instrumentou-se o canal com limas manuais tipo K e Flexofile até a lima 40 na porção apical. Após a instrumentação do canal ampliou-se o forame com uma lima 25 Flexofile posteriormente com um propulsor de Lentullo introduziu-se no canal a pasta iodoformada composta de iodofórmio e polietilenoglicol até esta extravasar para dentro da lesão o que foi confirmado pela radiografia (FIG. 02). O canal foi então selado com cimento de ionômero de vidro e o paciente remarcado para 30 dias depois.

Figura 02. Pasta iodoformada extravasada

Após os 30 dias o paciente não retornou, voltando apenas 90 dias depois assintomático, removeu-se a medicação que ainda estava intracanal, fez-se uma recapitulação da instrumentação com a lima Fleofile 40 associada a irrigação abundante com hipoclorito de sódio a 2,5%, provou-se o cone de guta-percha 40, logo após secou-se o canal com cones de papel, injetou-se o cimento endodôntico MTA Fillapex (Angelus) em uma folha do bloco anexo e envolveu-se o cone principal com o cimento, este foi levado ao canal até seu travamento, depois com auxílio de um espaçador digital foram introduzidos cones acessórios R8 também envoltos no cimento até o completo preenchimento do canal e confirmou-se por radiografia a qualidade da obturação. Os cones foram cortados com instrumento aquecido ao rubro em lamparina, condensados com calcador frio e selados com cimento de ionômero de vidro e recoberto por resina polimerizada por luz (Figura 03).

Figura 03. Canal obturado com vestígio da pasta iodoformada extravasada e aspecto de regressão da lesão

Depois de sete meses, o paciente retornou a clínica para proservação, ele relatou ausência de sinais e sintomas, tomou-se uma nova radiografia que mostrou completo reparo da lesão apical evidenciando o sucesso endodôntico do tratamento (Figura 04).

Figura 04. Radiografia de proservação após 7 meses

 

Considerações finais

O presente caso evidenciou que o tratamento endodôntico para obter sucesso não depende apenas de uma técnica de instrumentação, ou de uma medicação, ou de um cimento e mesmo da manutenção da cadeia asséptica. O sucesso depende da conjunção de todos esses fatores aliados ao correto diagnóstico do quadro clínico que irá permitir o plano de tratamento adequado ao caso.

A regressão da lesão deve-se, pois, a conjunção de todos os fatores acima citados enfatizando a importância de uma conduta técnica e equilibrada do operador na tomada de decisões durante o tratamento endodôntico.

 

Referências

  1. MACHADO, MEL. Endodontia: Ciência e tecnologia. São Paulo. Quintessence. 2017.

  2. CAMILLERI, J. ET AL. Sealers and Warm Gutta-percha Obturation Techniques. JOE — Volume 41, Number 1, January 2015

  3. GOMES FIILHO, J E; Rat tissue reaction to MTA-Fillapex Dental Traumatology 2011; doi: 10.1111/j.1600-9657.2011.

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