Capeamento pulpar direto e indireto usando cimento biocerâmico BIO-C REPAIR - Angelus Odontologia

Capeamento pulpar direto e indireto usando cimento biocerâmico BIO-C REPAIR

BIO-C® REPAIR | Angelus

Isabela Arieta Carula

Clauber Romagnoli

Douglas Giordani Negreiros Cortez

Renato Interliche

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo relatar dois casos clínicos de capeamento pulpar direto utilizando um cimento biocerâmico (Bio C Repair Angelus, Londrina, PR, Brasil). Foram selecionados dois pacientes na clínica de especialização da escola Educação Inteligente (EI-UNINGÁ, Londrina, PR, Brasil) que apresentavam restauração em resina composta extensa e insatisfatória, e que, durante a remoção ocorreu exposição pulpar. A proservação e acompanhamento radiográfico dos casos foram realizados após 30 e 60 dias da data do procedimento. Um paciente não retornou à clínica e o segundo paciente não relatou nenhuma sintomatologia durante o período. A proteção pulpar direta é realizada quando ocorre uma exposição da polpa dentária durante o preparo de uma cavidade e tem como objetivo reduzir injúrias e promover a cura do tecido. O Biocerâmico foi desenvolvido para melhorar as propriedades do MTA (Agregado Trióxido Mineral) e atualmente, uma de suas indicações é a proteção pulpar direta. Este material possui propriedades como biocompatibilidade, bioatividade, hidrofílico, estabilidade dimensional, tempo de presa curto, ausência de toxicidade, ação bactericida devido ao pH alcalino e fácil manuseio pois dispensa manipulação. Devido às estas propriedades a taxa de sucesso utilizando biocerâmicos é elevada na área endodôntica.

Palavras-chave: Capeamento pulpar direto. Agregado de trióxido mineral. Biocerâmicos na Endodontia.

Introdução

A cárie dentária é uma doença multifatorial, infecciosa, transmissível e dieta dependente que causa a desmineralização das estruturas dentárias formando uma cavidade. A interação de fatores: microorganismos, dieta, tempo e dente suscetível definem o conceito de cárie (Lima, 2007). Consiste em um processo intermitente que pode evoluir através de repetidas fases de remissão e reincidências, e pode resultar na completa destruição do dente afetado, quando a doença não é tratada (Thylstrup,1990).

O objetivo da Endodontia contemporânea é preservar a vitalidade pulpar possibilitando o desenvolvimento radicular completo, prevenir a periodontite apical, e apresentar terapias minimamente invasivas buscando manter o máximo de estrutura dentária saudável.

Em casos em que a cárie atinge a dentina, é possível detectar por meio da radiografia interproximal uma zona de dentina dura entre a cárie e a polpa, pode ocorrer a exposição pulpar durante sua remoção, entretanto, é possível evitá-la (Duncan et al. 2009). Em cárie extremamente profunda, onde atinge toda extensão da dentina, a exposição pulpar é inevitável durante o tratamento. Os dentes que tiveram a polpa exposta durante a escavação não devem ser, obrigatoriamente, submetidos a tratamento de canal radicular. Porém, quando: 1) a exposição cariosa provoca sintomas de pulpite irreversível; 2) quando não esta sendo utilizado isolamento absoluto; 3) campo não está asséptico; 4) os instrumentos utilizados estão contaminados durante a remoção do tecido cariado, o dente deve ser submetido à pulpectomia.

Manter a vitalidade do dente é importante para conservar os mecanismos de defesa pulpar e permitir a formação de dentina. No entanto, é necessário avaliar alguns fatores como idade do paciente, tamanho da exposição, estrutura remanescente do dente, resultados de testes térmicos e de percussão e diagnóstico pulpar. A polpa saudável com suprimento sanguíneo descomprometido no momento do capeamento é essencial para o tratamento de polpa vital ser bem sucedido (Awadeh et al. 2018).

O capeamento pulpar é um procedimento onde a polpa que foi exposta é coberta por um material de proteção minimizando injúrias e permitindo que o tecido cicatrize (Queiroz et al. 2005). O objetivo deste procedimento é manter o maior número de células viáveis para reagirem ao processo carioso. Estas novas células (odontoblastos) são derivadas das células mesenquimais indiferenciadas e formam a dentina reacional (Guedes et al. 2006). Embora o Hidróxido de Cálcio (Ca(OH)2) seja o material mais usado para este fim, estudos realizados com MTA mostram que esse biomaterial proporciona menor resposta inflamatória, a formação de ponte de dentina é mais grossa e mais uniforme com menos tecido de necrose (Catalá et al. 2008). O Ca(OH) 2 quando comparado ao MTA, mostra formação incompleta de ponte de dentina com defeitos que podem levar ao insucesso da proteção pulpar direta (Liu et al. 2015).

Um estudo realizado por Accorinte et al. (2008) para avaliar polpas dentarias histomorfologicamente capeadas com MTA e com hidróxido de cálcio mostrou que no grupo de dentes capeados com MTA a cura da polpa foi mais rápida do que o cimento de Ca(OH)2. Todavia, ambos os grupos responderam bem ao capeamento e os dois cimentos são excelentes para capear dentes humanos.

O Agregado Trióxido Mineral – MTA foi o primeiro biocerâmico introduzido na Endodontia por Torabinejad em 1993. O biocerâmico é composto por silicatos tricálcicos e dicálcicos, fosfato de cálcio, hidróxido de cálcio e óxido de zincónico como radiopacificador, alumina e vidro bioativo (Lima et al. 2007).

Com a evolução desse material, vários estudos foram sendo realizados para que os biocerâmicos fossem utilizados em mais procedimentos principalmente no campo da endodontia como, por exemplo, no vedamento de perfurações, capeamento pulpar, preenchimento retrógrado e apicificação de dentes com rizogênese incompleta (Raghavendra et al. 2017). Portanto, podemos descrever as características desse material de tal forma que explica o porquê a utilização pelos dentistas está cada vez maior. Possui biocompatibilidade tecidual (Torabinejad et al. 2010), minimizando a inflamação do tecido, possibilitando a proliferação celular sobre o material e induzindo a diferenciação de células indiferenciadas da polpa a formarem odontoblastos. Possui alto valor de ph (Zhang et al. 2009) que confere a capacidade antimicrobiana, é radiopaco, hidrofílico, insolúvel e tem baixa citotoxicidade (Jingzh et al. 2011). Estimula a formação de tecido mineralizado semelhante à composição de hidroxiapatita a partir das novas células odontoblásticas que foram formadas (Lucio, 2007). Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi relatar dois casos clínicos onde houve exposição pulpar durante o preparo da cavidade e o tratamento instaurado foi o capeamento pulpar direto com biocerâmico Bio C Repair (Angelus, Londrina, BR).

Relato de casos

Caso Clínico 1:

Paciente do sexo feminino, 23 anos, assintomática, compareceu à clínica do curso de Especialização em Endodontia da escola Educação Inteligente (Ei Uningá, Londrina- Paraná, Brasil) para avaliação do elemento 47.
A vitalidade pulpar foi comprovada através do teste térmico. Durante o exame clínico foi constatada a presença de restauração extensa em resina composta, comprovada no exame radiográfico que também permitiu evidenciar a proximidade da lesão com a câmara pulpar, como mostra a figura 1.

Figura 1: Radiografia periapical inicial do elemento 47.

A paciente foi anestesiada, realizou-se o isolamento absoluto e vedamento do elemento com barreira gengival. Para remover a restauração e o tecido cariado foram utilizadas ponta diamantada esférica de alta rotação e broca esférica de baixa rotação, tendo em conta o risco de exposição pulpar. Durante a escavação a polpa foi exposta (figura 2 e 3).

Figura 2: Aspecto clínico da cavidade após a remoção do tecido cariado. Ocorreu a exposição pulpar.
Figura 3: Aspecto clínico da cavidade após a remoção do tecido cariado. Ocorreu a exposição pulpar.

A homeostasia foi realizada com bolinha de algodão embebida em soro fisiológico. Após o controle do sangramento, foi então realizado o capeamento pulpar direto com o cimento biocerâmico Bio C Repair (Angelus, Londrina, BR) (figuras 4 a 6). A restauração da cavidade foi feita com resina composta. Uma nova tomada de radiografia periapical foi realizada para verificar o material na cavidade (figura 7).

Figura 4: Material de escolha para o capeamento pulpar direto Biocerâmico Bio C Repair (Angelus Londrina, BR)
Figura 5: Inserção do material biocerâmico na exposição pulpar. 
Figura 6: Aspecto final da cavidade com o material Bio C Repair.
Figura 7: Radiografia final realizada após capeamento pulpar.

Foram analisados os dados quanto à dor pós-operatória, estado de sensibilidade, sinais radiográficos de patologia periapical e formação de ponte de dentina.

A paciente foi orientada a voltar na clínica em 30 dias para acompanhamento do caso e proservação do elemento com novas radiografias e exame clínico, porém, a mesma não compareceu ao retorno.

Caso Clínico 2:

Paciente do sexo masculino, 37 anos, assintomático, compareceu à clínica do curso de pós-graduação Educação Inteligente – Ei Uningá (Londrina- Paraná, Brasil) para avaliação do elemento 15 que se encontrava com restauração extensa e insatisfátoria em resina composta (Figura 8).

Figura 8: Aspecto inicial do elemento 15.

Através  do  teste  térmico  foi  constatada  a  vitalidade  pulpar. A restauração em resina composta foi removida com pontas diamantadas em alta rotação, a dentina cariada removida manualmente com cureta e com auxílio de broca esférica em baixa rotação. Após o campo devidamente isolado com dique de borracha, a hemostasia foi feita com soro fisiológico e o Biocerâmico Bio-C Repair utilizado como material capeador da polpa e o dente restaurado com resina composta. (Figuras 9 e 10)

Figuras 9: Aspectos da cavidade após exposição pulpar e cavidade após o capeamento pulpar direto com Bio C Repair
Figuras 10: Aspectos da cavidade após exposição pulpar e cavidade após o capeamento pulpar direto com Bio C Repair
Figura 11: Radiografia imediata após o procedimento.

Avaliação após 30 dias para controle clínico e radiográfico (figura 12) e proservação do elemento. Não foi relatada nenhuma sintomatologia pelo paciente.

Figura 12: Controle 30 dias.

 

Discussão

 
Em 1993, Torabinejad introduziu MTA na prática odontológica e, desde então este material vem sofrendo diversas evoluções e melhorias. Os biocerâmicos incluem alumínia e zircônia, vidro bioativo, silicatos de cálcio, fosfatos de cálcio e hidroxiapatita em sua composição (Oliveira, 2014).
 
A escolha do biocerâmico como material capeador foi feita com base nos artigos que comprovam o sucesso dos tratamentos de polpa viva utilizando esse material.
 
Um estudo avaliou a biocompatibilidade do MTA após o capeamento pulpar direto em dentes de cachorros, e o resultado mostra que após 90 dias havia formado ponte de dentina grossa, compacta e obliterava totalmente a exposição pulpar. Não havia presença de inflamação e o tecido pulpar estava normal, com fibroblastos e observaram moderada quantidade de colágeno (Queiroz et al. 2005).
 
O sucesso é decorrente das propriedades dos biocerâmicos, como biocompatibilidade proporcionando menor irritação tecidual, capacidade de induzir a formação de ponte de dentina, fácil manuseio, baixa citotoxicidade e efeito antimicrobiano devido ao elevado PH que se mantém constante após reação de presa.
 
Os biocerâmicos são mais biocompatíveis, são hidrofílicos, dimensionalmente mais estáveis, também é considerado um material bioativo, ou seja, é capaz de interagir com tecidos vivos, resultando na formação de uma camada de apatita na interface material-tecido durante o processo de endurecimento.
 
Com os estudos que vem sendo realizados em torno desse novo material, a previsibilidade do tratamento de polpas vivas pode ser definida. O estudo de Linu et al. (2017), que compara o efeito do MTA e do Biodentine em dentes que foram submetidos à proteção pulpar direta mostra uma taxa de sucesso 84,6% e 92,3% respectivamente. E que, em relação à formação de ponte de dentina, obtiveram um resultado semelhante entre os dois grupos (69,2% e 61,5%). E para esses autores, o sucesso da terapia de polpas vivas pode ser considerado a partir da formação de barreira impermeável envolvendo o tecido pulpar que foi exposto.
 
A polpa dentaria possui um potencial de reparo tecidual natural, ou seja, consegue formar dentina reparadora. Essa capacidade gera uma barreira de tecido duro (ponte de dentina) após realizar-se o capeamento pulpar direto. Os odontoblastos originais do local da exposição são destruídos e substituídos por células diferenciadas semelhantes a odontoblastos.
 
Estudos in vitro demonstraram que o MTA tem capacidade de estimular a diferenciação celular, o que contribui com a formação da matriz de tecido duro. Ocorre uma limitada necrose do tecido pulpar após sua aplicação, entretanto o material mais utilizado para realizar o capeamento pulpar direto é o hidróxido de cálcio (Ca (OH)2) ele é o menos cáustico dessa reação, pois o hidróxido de cálcio causa formação de uma camada necrótica ao longo da interface material-polpa além de induzir uma formação de dentina reparadora em uma proporção maior e de melhor integridade estrutural (Okiji et al. 2009).

 

Conclusão

 
Dentro das limitações deste estudo, podemos concluir que os cimentos biocerâmicos são uma alternativa viável e promissora para proteção pulpar direta, devendo mais estudos ainda serem realizados para confirmação deste resultados.
 
 

Referências

Accorinte MLR, Holland R, Reis A, Bortoluzzi MC, Murata SS, Dezan Jr E, et al. Evaluation of Mineral Trioxide Aggregate and Calcium Hydroxide Cement As Pulp-Capping Agents In Human Teeth. Journal Of Endodontics. V. 34, N. 1, p. 1-6. 2008.
 
Awawdeh L, Al-Qudah A, Hamouri A,Chakra RJ. Outcomes of Vital Pulp Therapy Using Mineral Trioxide Aggregate or Biodentine: A Prospective Randomized Clinical Trial. Journal Of Endodontics. V. 44, N.11, p. 1603-1609. 2018.
3. Catalá CJT, Gonzalez CM, Bernal DG, Sanchez REO, Forner L, et al. Biocompatibility of New Pulp-capping Materials NeoMTA Plus, MTA Repair HP, and Biodentine on Human Dental Pulp Stem Cells. Journal Of Endodontics. V.44, N.1, p.126-132. 2018.
 
Duncan HF, Galler KM, Tompson PL, Simon S,El-Karin I,Rundzina R, et al. European Society of Endodontology position statement: Management of Deep Caries and the Exposed Pulp. International Endodontic Journal. V.52, N.7, p.923–934. 2009.
 
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Lima NFF, Dos Santos PRN, Pedrosa MS, Delboni MG. Cimentos biocerâmicos em endodontia: revisão de literatura. Rev. da Faculdade de Odontologia. V.22, N.2, p.248-254. 2017.
 
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Okiji T, Yoshiba K. Reparative Dentinogenesis Induced by Mineral Trioxide Aggregate: A Review from the Biological and Physicochemical Points of View. International Journal Of Dentistry. September. 2009.
 
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Queiroz AM, Assed S, Leonardo MR, Filho NP, Silva LAB. MTA And Hydroxide For Pulp Capping. Appl Oral Sci. V.13, N.2, p.126-30. 2005. Raghavendra SS, Jadhav GR, Gathani KM, Kotadia P. Bioceramics in Endodontics – A Review. Journal Istanbul Univ Fac Dent. N.51, p.128-137. 2017.
 
Thylstrup A. Clinical Evidence of the Role of Pre-eruptive Fluoride in Caries Prevention. Journal Dent Res. V.69, N.2, p.742-750. 1990.
 
Torabinejad M, Parirokh M. Mineral Trioxide Aggregate: A Comprehensive Literature Review-Part II. Journal Of Endodontics. V.36, N.2, p.190-202. 2010.
 
Zhang H, Shen Y, Ruse ND, Haapasalo M. Antibacterial Activity of Endodontic Sealers By Modified Direct Contact Test Against Enterococcus Faecalis. Journal Of Endodontics. V.35, N.7, p.1051- 1055. 2009.

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