Traumatismo dentário: entenda o que fazer nessa situação clínica

Quando ocorre um traumatismo dentário, diversas áreas da odontologia são envolvidas para solucionar o problema. Geralmente o atendimento emergencial é realizado pelo cirurgião bucomaxilofacial, odontopediatra ou clínico geral, que posteriormente encaminham o paciente, na grande maioria dos casos, para o endodontista. Interessado no assunto? Confira a seguir uma entrevista sobre o tema com a Dra. […]

Angelus

5 min. de leitura

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7 de julho de 2023

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Quando ocorre um traumatismo dentário, diversas áreas da odontologia são envolvidas para solucionar o problema. Geralmente o atendimento emergencial é realizado pelo cirurgião bucomaxilofacial, odontopediatra ou clínico geral, que posteriormente encaminham o paciente, na grande maioria dos casos, para o endodontista.

Interessado no assunto? Confira a seguir uma entrevista sobre o tema com a Dra. Kely Bruno (CRO: GO 6011), Pós-Doutora em Endodontia pela Universidade Luterana do Brasil, Professora e Coordenadora dos cursos de Pós-Graduação em Endodontia do Centro Universitário UNIFASAM (Goiânia) e da Equipe Goiana de Endodontia.

O que é um traumatismo dentário? 

“O traumatismo dentário é aquele que acomete os tecidos duros dentários, estruturas de suporte e/ou tecidos moles na cavidade bucal”, explica a Dra. Kely Bruno. Essas lesões podem levar a uma simples fratura no esmalte ou até mesmo a perda do dente. Ocorre em diversas faixas etárias, especialmente em crianças e adolescentes.

O que pode provocar o traumatismo dentário? 

A etiologia é multifatorial, podendo estar associada às condições bucais, fatores ambientais e comportamentais ou uso inapropriado do dente. Além disso, também pode ocorrer por acidentes de trânsito, práticas esportivas, violência física, entubação orotraqueal malconduzida, entre outros.

Quais são as classificações do traumatismo dentário?  

Existem várias classificações dos traumatismos dentários, mas a do Prof. J.O Andreasen é universalmente aceita. Ela categoriza os seguintes grupos:

  • Traumatismos aos tecidos duros dentários e à polpa: acometendo a coroa e/ou raiz do dente, podendo ter ou não exposição pulpar;

  • Traumatismos aos tecidos periodontais: acometendo os tecidos de sustentação dos dentes, levando aos traumatismos de luxação;

  • Traumatismos ao osso de sustentação: afetando a maxila e a mandíbula;

  • Traumatismos à gengiva ou mucosa bucal: lesionando os tecidos moles associados aos dentes.

Como deve ser feito o diagnóstico dos pacientes em caso de traumatismo dentário e qual o prognóstico para esses casos? 

O diagnóstico é pautado num exame minucioso, que contempla a anamnese, exame físico e radiográfico periapical. Esse último, se necessário, é complementado pela tomografia computadorizada de feixe cônico. De acordo com a Dra. Kely Bruno, o prognóstico depende de três fatores:

Tratamento emergencial: que deve ser bem conduzido para não interferir no planejamento terapêutico futuro;

Tipo de traumatismo: quanto maior o dano ao complexo pulpo-periodontal, sequelas mais graves são esperadas; 

Estágio de formação radicular: dentes com raízes curtas, paredes frágeis e ápices abertos necessitam de tratamentos específicos para melhor previsibilidade. 

Quais são os tipos de tratamentos indicados?  

Os tratamentos envolvem dois momentos distintos. O primeiro atendimento do paciente, com atuação emergencial, que pode ser realizado por todo cirurgião-dentista. E o atendimento em segunda instância, com o acompanhamento do caso e/ou tratamento das sequelas, normalmente realizado pelo endodontista.

Com relação ao primeiro atendimento, os traumatismos aos tecidos periodontais podem levar ao deslocamento do dente de sua posição habitual e à presença de mobilidade. Nos casos de avulsão dentária, luxações lateral e extrusiva, faz-se necessário o reposicionamento do dente e a colocação de uma contenção semi-rígida. Esta pode ser feita com fio de nylon, fio ortodôntico leve ou com fibra Interlig. Alguns casos de subluxação com mobilidade acentuada, também requerem a instalação da contenção.

Já os atendimentos em segunda instância visam tratar as sequelas pós-trauma a nível pulpar e periodontal. Entre as pulpares estão a reabsorção interna e a necrose, as quais precisarão de tratamento endodôntico, em que a medicação intracanal BIO-C Temp e o cimento endodôntico obturador BIO-C Sealer estão devidamente indicados.

Por outro lado, nas sequelas periodontais, estão as desafiadoras reabsorções dentárias, em que algumas categorias de biocerâmicos são oportunamente aconselhadas: BIO-C Temp (medicação intracanal), BIO-C Sealer (cimento obturador) e BIO-C Repair, MTA Repair HP, MTA Angelus (cimentos reparadores).

Quais seriam as principais dicas nessas situações de traumatismos dentários? 

Segundo a Profa. Kely, o atendimento adequado dos traumatismos dentários é prioritário para maior previsibilidade e longevidade dos dentes. Assim, é importante que o profissional esteja habilitado para essa situação clínica, tranquilizando o paciente e os responsáveis.

Também há a necessidade da realização de diagnóstico acertado para o adequado planejamento terapêutico, bem como estudo, expertise e execução de tratamentos por meio de avanços tecnológicos e materiais de alta performance para alicerçar o êxito.

Poderia citar um caso de trauma no qual o uso de biocerâmicos fez a diferença? 

“Tenho casos de traumatismos dentários com subsequente desenvolvimento de reabsorções comunicantes, de prognóstico altamente desfavorável. Entretanto, a utilização da medicação intracanal BIO-C Temp foi efetiva no combate da infecção e no controle do processo reabsortivo”, reforça a pós-doutora. Ainda, o fechamento da área de comunicação por meio de cimentos reparadores MTA Repair HP ou BIO-C Repair, foram essenciais ao êxito.


Assim, o traumatismo dentário requer um pronto atendimento para a obtenção de um prognóstico mais favorável. Logo, as primeiras condutas e procedimentos são essenciais para a manutenção do dente e a preservação da saúde do paciente.

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