Biossegurança em endodontia: quais os cuidados dentro de um consultório?

Se você quer saber o que levar em conta quando o assunto é biossegurança em endodontia, então está no lugar certo. Aqui você vai descobrir que cuidados adotar e como eles são importantes para você e seus pacientes. Lembrando que este assunto pode ser expandido para toda as demais áreas da odontologia. Afinal, o que […]

Angelus

6 min. de leitura

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24 de setembro de 2019

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Biossegurança em endodontia: quais os cuidados dentro de um consultório?

Se você quer saber o que levar em conta quando o assunto é biossegurança em endodontia, então está no lugar certo. Aqui você vai descobrir que cuidados adotar e como eles são importantes para você e seus pacientes.

Lembrando que este assunto pode ser expandido para toda as demais áreas da odontologia.

Afinal, o que é biossegurança em endodontia?

Antes de qualquer outra coisa, é importante esclarecermos este ponto. O conceito de biossegurança vem sendo usado na odontologia há alguns anos e o objetivo é incorporar práticas preventivas na rotina clínica a fim de evitar contaminação cruzada.

Justamente por isso, é importante investir em práticas como a higienização e esterilização de todos os instrumentais e limpeza dos aparelhos odontológicos de forma constante — e, ainda, se assegurar que isso aconteça da maneira correta. A boa notícia é que tudo pode ser aplicado com mais facilidade caso as normas de biossegurança sejam realizadas com rigidez e tenham protocolos bem definidos.

Qualquer especialidade dentro da odontologia os cuidados devem ser levados muito a sério. No caso dos tratamentos endodônticos, os cuidados devem ser ainda mais enfáticos. Isso porque, como adiantamos, o paciente fica mais exposto em tratamentos desse tipo, já que envolve contato com a corrente sanguínea em muitas situações.

Quais cuidados devo adotar no consultório?

 

Crie protocolos escritos

Os protocolos escritos são os responsáveis por garantir o controle sobre pontos essenciais do consultório, como a limpeza dos ambientes, a rotina de esterilização de todos os materiais, o protocolo de ação em caso de acidentes com perfurocortantes ou infecções, o estoque e armazenamento de produtos e outras coisas do tipo.

Vale sempre lembrar que as superfícies devem ser limpas com álcool 70% e, segundo o material de revestimento de seu equipamento ou produtos indicados pela vigilância local. Esses são apenas alguns exemplos, mas fique atento a outras implicações na sua rotina de trabalho.

Adote o uso do Equipamento de Proteção Individual

O uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é importantíssimo, deve envolver o dentista e toda a equipe que atua com ele. Além do tradicional gorro e avental/jaleco, o profissional também deve adotar:

  • Uso de uma nova máscara a cada novo paciente (ou quando ela ficar úmida no meio do atendimento);
  • Óculos de proteção que devem ser trocado e/ ou desinfetados a cada atendimento;
  • Substituição das luvas sempre que for atender um novo paciente, ou a mesma danificar durante o atendimento.

Estes são alguns exemplos, mas é importante também apostar em outros cuidados, como o uso de sapatos fechados e o hábito de lavar as mãos sempre entre um atendimento e outro.

Além disso, vale destacar ainda o uso correto dos EPIs, já que a segurança está diretamente atrelada a este ponto. Convenhamos: não adianta muito usar um avental/jaleco e circular com ele por outras áreas da clínica e muito menos na rua, não é mesmo? Ele perde todo o efeito de EPI que tinha e acaba sendo contaminado.

Evite excesso de decoração na área clínica

Alguns profissionais ficam preocupados em criar um ambiente humanizado e agradável para os pacientes. Isso tudo tem sim o seu valor, mas é bom lembrar que a área clínica (ou seja, a sala em que o atendimento acontece) não deve contar com muitos objetos.

Como tudo deve estar limpo e devidamente desinfectado, ter muitas coisas por lá pode acabar dificultando essa tarefa. Portanto, lembre-se de que menos é mais nesses casos! Mantenha a biossegurança em primeiro lugar.

Adote os cuidados corretos na sala de esterilização

É importante reservar uma área específica para a esterilização. Ela deve estar dividida em duas áreas: a suja — usada para limpeza dos instrumentos (que deve conter bancada com ultra som, cuba de imersão e pia) e a área limpa — para saída dos materiais esterilizados e em seguida, o seu armazenamento.

Este deve ter área de preparo e embalagem, autoclave, mino-incubadora para monitorização e espaços para armazenagem dos documentos. Essas áreas devem ser separadas por guichê de passagem. Essa é a melhor maneira de se assegurar a respeito de uma esterilização eficiente.

Tenha uma rotina de cuidado com os resíduos

Todo dentista já se assustou (ao menos uma vez) com a quantidade de resíduo produzido pelo consultório no final do dia. Pois bem, outro ponto importante é justamente saber o que fazer com ele. O lixo comum, resíduos químicos (como líquidos para revelação de radiografias), resíduos infectantes e/ou contaminantes exigem atenção. Somado a isso, é bom ter em mente que seu descarte deve ser feito da maneira correta!

Esteja atento a outras oportunidades

Esses são alguns exemplos de biossegurança aplicada a odontologia, mas vale lembrar que cabe a cada profissional um olhar cuidadoso sobre o tema. As oportunidades aparecem a nossa frente e cabe a nós incorporá-las no nosso dia a dia (independentemente do tamanho ou localização da clínica).

Acredite: esses procedimentos são determinantes quando o assunto é eliminar doenças e microrganismos. Tudo isso ajuda muito a evitar imprevistos e acidentes. E tem mais: você pode aproveitar e tornar isso um grande diferencial do seu consultório. Faça com que os pacientes percebam valor e reconheçam o cuidado que você e seu time têm com a segurança e saúde deles.

Quais são as normas que regulam esse processo?

Bem, como você deve imaginar, existem sim leis e normas que regulam esse processo. A primeira lei nacional de biossegurança foi publicada em 1995 (nº 8.974) e estabeleceu normas e mecanismos de fiscalização.

Alguns anos mais tarde, em 2005, ela foi revogada para a criação da lei nº 11.105. Ela estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalizações atualizados, mas também cria o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS). O órgão tem como objetivo a formulação e implementação da Política Nacional de Biossegurança.

Agora que você entende um pouco melhor como a biossegurança em endodontia é um tema importante, não deixe de adotar esses cuidados no seu consultório. Essa é uma forma de garantir a sua segurança e dos seus pacientes. Caso queira resultados ainda melhores, lembre-se de explorar esses cuidados como verdadeiros diferenciais do seu trabalho!

Se você gostou do nosso material e quer se aprofundar mais nesse assunto, baixe o Guia de Biossegurança no Consultório Odontológico.

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